sexta-feira, 16 de maio de 2008

Meu Nome É Ninguém




Título original: Il Mio Nome è Nessuno
Ano de produção: 1973
Direção: Tonino Valerii, Sergio Leone (não creditado)
País: Itália / França / Alemanha Ocidental

Estrelando: Terence Hill, Henry Fonda, Jean Martin

Vi esse filme a pouco tempo e me surpreendi, esperava um filme sério e pelos comentários que li por aí, me enganei e cara, ainda bem que eu me enganei, a película é digna de boas risadas devido tiradas geniais. Esse western spaghetti pode ser bem um dos representantes do gênero, tem as melhores características do gênero e claro que isso deve a direção não-creditada, porém obvia, do Deus Sergio Leone e também de outro cineasta que é ótimo, Tonino Valerii. Pelo o que andei lendo e vendo, eu achei que em alguns momentos dá para perceber quem está dirigindo, Valerii ou Leone.

O filme é cheio de cenas fodíssimas, daquela de levantar e soltar um “puta que o pariu” ou um “caralho” pela cena ser tão foda, minhas preferidas são a do espelho, logo no início onde o Fonda mata dois bandidos em slow motion e a outra é o início do confronto final, onde a câmera vai se distanciando do Fonda e vai mostrando toda a imensidão do deserto sendo cortada pelo bando de 150 pistoleiros, ao som da bela trilha do Mestre Morricone, há várias outras cenas de uma beleza fodida, como as do bando cavalgando pelo Oeste.



Na minha visão, está bem claro que o filme foi feito pro Fonda, chega a ser uma homenagem a esse ídolo e essa minha opinião funciona assim: Terence Hill representa a nos cinefilos, que admiramos imensamente o trabalho de Henry, e ele está ficando velho, mesmo assim nos não perdemos a fé nesse gigante e queremos vê-lo em ação como ninguém nunca viu, nem que seja pela ultima vez (pra nossa felicidade o velho ainda atuou bastante), e o Henry faz aquilo que queríamos, matou 150 homens com apenas um rifle e deixou mais uma atuação digna de mestre. O Henry é Fonda (não tinha como não fazer a piadinha).


Também não posso deixar de falar do Hill, que é o grande forte da comedia do filme. As partes mais engraçadas e por vezes até criticas a sociedade, são feitas por ele, um ótimo ator que raramente lembrado quando o assunto é western.



Outra coisa que eu preciso ressaltar é a trilha do Morricone, que passou a ser minha preferida. Nunca nenhuma trilha do Morricone se encaixou tão perfeitamente - só Era Uma Vez no Oeste barra, ao meu ver - o tema My Name is Nobody, o que toca em momentos mais leves e engraçados, me lembram muita o jeito engraçado e ainda não maduro que o Hill passou pro filme com sua interpretação, e também lembra bastante a constante impaciência do Fonda que tem o Hill. Mas a melhor parte da trilha composta para o filme é o The Wild Horde, que é musica que representa os 150. Poética, ágil e domina todo o deserto, assim como os 150. Sem duvida, trilha perfeita para o filme perfeito.

Bom, é um western subestimado por uns e amado por outros. Mas no final todos nós, os eternos fãs do spaghetti, chegamos à mesma conclusão: a de que este filme é marco e um dos clássicos desse gênero que abre o nosso blog.

Kevin

Um comentário:

Ronald Perrone disse...

Vi esse filme recentemente e é muito divertido mesmo. Henry Fonda está ótimo, mas uma das cenas que eu mais gosto é a do Terence Hill atirando nos copos... Kevin mandou muito bem!